Vivemos agora na era da tecnologia, do
desenvolvimento de aplicativos que nos levam à “realidade virtual” e acabam nos
fazendo esquecer da realidade da vida humana. Mas a pergunta que nos cabe é:
quando vamos passar para a era da humanização?
A sociedade tem se tornado cada vez
mais mesquinha e individualista. O “nós” cedeu lugar ao “eu”. As pessoas já não
se preocupam com quem está ao seu lado, com aqueles que estão nascendo e nem
mesmo com o próprio futuro. Cada vez mais o que se vê são pessoas imediatistas.
Tudo isso tem causado pelo mundo uma
grande destruição. São guerras e mais guerras. Crise financeira, crise
política, genocídios, atentados e um crescimento desenfreado de pessoas que não
suportando mais suas dores acabam por matá-las tirando a própria vida. Ao ligarmos
os televisores ou acessarmos a internet não vemos nada além de uma série de “humanos”
que brigam cada um pelo próprio interesse.
Quão lindo seria um mundo as pessoas
soubessem amar. Onde uma pessoa não precisasse se humilhar para conseguir um
pedaço de pão que lhe falta para saciar a própria fome. Onde as pessoas se
ajudassem mutuamente e em que a vida valesse mais do que um pedaço de papel
colorido ou uma moeda de níquel à qual é estipulado um valor.
Foto: Aleppo Media Center/AP |
Essa imagem reflete a realidade de um
povo que nunca sabe até onde chegará sua vida. Milhares de crianças como essa e
jovens, adultos e idosos são mortos sem motivo algum, simplesmente por causa de
uma guerra de interesses de pessoas que eles nem mesmo conhecem.
Esse pequeno sírio estava em um local
que foi bombardeado no último dia 17. Sua cidade, Aleppo vive uma catástrofe
humanitária sem precedentes devido a uma disputa entre o governo e grupos
rebeldes. A figura desse pequenino ficará gravada na história. Assim como ele,
que passou pelo braço de vários socorristas até chegar numa ambulância e em
silêncio tentar limpar o sangue que escorria de sua face; vários outros passam
pela mesma situação. Alguns têm a sorte que ele teve de continuar a poder
respirar, mas nem sempre é assim.
Victor Antunes Martins - Fundador do Instituto Cure o Mundo
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